Dra Kathleen da Silva Miguel tinha o desejo de trabalhar com enfermagem, mas também interesse pela estética. A aliança entre suas duas paixões foi então se especializar em Enfermagem Estética.
A princípio, no entanto, ela conta que a própria família não apoiava seu direcionamento para a enfermagem, por conta da visão de que a rotina de trabalho a privaria de aproveitar datas especiais e finais de semana – percepção que, por sinal, não é muito fora da realidade.
Mas, ao mesmo tempo, havia uma predileção pela área da estética, por ajudar no bem-estar das pessoas através dessa forma de cuidado. Ela relembra que colocava em prática este cuidado de uma forma distinta do que é realizado na saúde estética, arrumando o cabelo e fazendo a maquiagem de mulheres da sua família.
O valor das experiências anteriores na estética
Este tipo de dedicação faz parte da trajetória de muitos profissionais que depois seguem para a saúde estética, sendo uma primeira profissão, possível de conciliar com a graduação. São enfermeiras cabeleireiras, biomédicas que fazem design de sobrancelhas, farmacêuticas com muita experiência em extensão de cílios, fisioterapeutas fazendo nail design.
Vivências como estas fazem toda a diferença na experiência profissional, a partir da construção de comunicação e prospecção de clientes, do atendimento caso a caso e, claro, através do cuidado estético, alinhado às expectativas e possibilidades dentro das características de cada cliente. Isso sem falar nas questões burocráticas de ter um negócio próprio.
Já tratamos aqui da Dra Samara Camparini, por exemplo, uma biomédica que cuidava da estética de outro modo antes de se especializar em Biomedicina Estética. No caso dela, se dedicava à carreira como Nail Designer, inclusive com a própria esmalteria, espaço que ela modificou para começar a realizar os procedimentos estéticos que ela aprendeu na pós.
A Dra Samara relata que seu trabalho como manicure e Nail Designer fez realçar a possibilidade de atuar na estética, semelhante ao que aconteceu com a Kathleen.
Se especializar em Enfermagem Estética foi a solução
Mas, voltando a falar especificamente da trajetória da Kathleen, a partir do incentivo de sua família para que levasse seu hobbie adiante, realizou um curso de cabeleireira e maquiadora.
Sua vontade de cursar Enfermagem não arrefeceu. No entanto, ela se formou na área já sabendo que poderia se especializar em Enfermagem Estética.
E nisso a história dela difere de outras trajetórias de que já tratamos por aqui, principalmente em comparação com profissionais de mais tempo em formação e carreira. Isso porque a Enfermagem Estética é uma conquista relativamente recente.
Atualmente, a Dra Kathleen trabalha como enfermeira hospitalar, junto a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), e gosta muito do trabalho que realiza por lá.
Novos horizontes para quem não quer trabalhar de domingo a domingo
Contudo, a opinião de sua família se provou correta. Realmente, ser enfermeira clínico-hospitalar é sinônimo de ter pouco tempo para estar com a própria família, ter pouco tempo para si.
É mesmo um trabalho que exige dedicação de domingo a domingo, mas Kathleen continua tendo muito apreço pelo trabalho dedicado ao cuidado, e vê na Saúde Estética uma oportunidade de continuar trabalhando com o que ama, usufruindo ao mesmo tempo de horários muito mais flexíveis.
Para chegar a este ponto, ela está se especializando em Enfermagem Estética.
“Eu vou poder estar fazendo os meus horários. A parte financeira também é muito boa, mas, assim, o que eu priorizo é que eu vou estar fazendo algo que eu amo, quando a gente faz o que a gente ama, torna tudo mais fácil” comenta ela sobre as próprias pretensões profissionais.
A fim de alcançar seus objetivos, em um futuro próximo a enfermeira quer conciliar seu trabalho no hospital e a dedicação à estética, para assim ir montando sua clínica aos poucos, e focar nela, no cuidado através das práticas que unem suas duas maiores paixões profissionais.