Do estágio não remunerado ao sucesso como Bióloga esteta

"Somos profissionais da vida". Dra Carina de Fátima demonstra que determinação e coragem para enfrentar seus medos a levou de um estágio não remunerado ao sucesso como bióloga esteta e que é possível ser destaque na profissão acreditando no próprio potencial.



Rafael Alves

12 de março de 2024


Carina de Fátima é uma profissional apaixonada por biologia desde os tempos de escola. Sua inspiração foi uma professora da disciplina que alinhou-se ao interesse pela área da saúde. Foram caminhos difíceis para que ela conseguisse concluir sua graduação. estágio não remunerado ao sucesso como Bióloga esteta ela enfrentou muitos desafios e agora conclui sua especialização com foco total na sua carreira. 

Foi diante das adversidades que Carina cresceu pessoal e profissionalmente, absorvendo experiências dos momentos bons e ruins para se tornar uma referência entre os biólogos estetas, atuando sempre com comprometimento e respeito aos seus pacientes e atenta às suas insatisfações. 

O objetivo de se tornar uma profissional independente, com autonomia financeira e poder conquistar mais tempo com sua família e para seus momentos de lazer, fica cada dia mais perto ao caminhar da especialização. Apesar das dificuldades de transicionar para uma área que lida diariamente com a autoestima dos pacientes, ela se entrega às aulas e possui certeza da decisão de ter escolhido a biologia esteta como a profissão que irá revolucionar sua carreira. 

Exemplo na escola: Professora de biologia foi sua maior inspiração

Ainda no colegial, Carina de Fátima já percebia sua vocação para a saúde. Foi ainda adolescente que ela se inspirou a seguir pelo caminho da biologia influenciada por uma das professoras da disciplina que ministrava as aulas em que ela participava. A sua afeição pela área da saúde formou um casamento perfeito com a paixão pela biologia o que a levou a cursar sua graduação na área. A sua conexão com a biologia foi tão forte que além da formação em Ciências Biológicas, entre os anos de 2004 e 2007, ela também realizou um mestrado em Biologia Molecular.

Contudo, sua jornada acadêmica teve diversos desafios que colaboraram para sua determinação. Carina enfrentou grandes jornadas para conseguir concluir sua formação. A principal dificuldade contada por ela, era enfrentar as exaustivas horas de transporte para ir a universidade. Carina, nascida na cidade de São Manuel (São Paulo), realizava as aulas em uma cidade próxima, Avaré (São Paulo), que ficava aproximadamente pouco mais de uma hora de viagem. 

Do estágio não remunerado ao sucesso como Bióloga esteta

Todo estudante, principalmente os dependentes de transporte público, sabem as dificuldades enfrentadas para chegar ao local de ensino. Para Carina, não era diferente. De segunda a sexta-feira, encarar mais de duas horas e os perigos da rodovia para poder completar os estudos não eram momentos fáceis para ela. Essa rotina exaustiva se agrava, afinal, para ajudar com seus estudos, ela precisava conciliar os tempos de aula com o trabalho em uma loja de roupas, o que demandava tempo e energia da jovem estudante. 

Do estágio não remunerado ao sucesso como Bióloga esteta

Outra similaridade entre os estudantes é a entrada para o mercado de trabalho dentro da área escolhida. Ao iniciar sua caminhada como bióloga, Carina ingressou como estagiária no laboratório clínico da Unesp de Botucatu, no Hospital das Clínicas, porém, o estágio não era remunerado. Foram oito meses, que segundo ela, de muito aprendizado. 

Neste setor ela aproveitou uma oportunidade de aprimoramento onde prestou uma prova para conquistar uma das vagas disponíveis onde ficou por três meses. Logo em seguida ela prestou um novo concurso para a posição como técnica de laboratório, onde seu talento e competência a levaram a assumir a responsabilidade pelo setor de citologia, consolidando assim sua expertise ao longo de mais de uma década.

Apesar do pouco contato com o paciente, Carina sentia-se feliz com o trabalho. Chegou nessa época a realizar o seu mestrado e também um doutorado em seguida, mas a área acadêmica não era seu objetivo. Com isso, ela decidiu mudar de cidade e foi para Bauru (São Paulo) atrás de novas experiências e oportunidades. Foi então que ela procurou trabalho em diversos laboratórios, mas a desvalorização profissional e o salário baixo a desestimulou. 

Tive a oportunidade de realizar um mestrado e um doutorado, mas essa parte acadêmica eu não gostei muito e fiquei mais focada em análises clínicas. Tive a oportunidade de mudar de cidade e procurar emprego em laboratórios, mas o salário é muito baixo e nossa profissão é desvalorizada e já não estava mais satisfeita”.

A transição para a biologia esteta e o medo do novo

Mesmo com sucesso profissional, a insatisfação e desvalorização dos biólogos na região de Bauru, a impulsionou  para novos horizontes. Foi então que ela decidiu fazer uma guinada em sua carreira, direcionando-se para a biologia estética. Embora essa mudança tenha sido permeada por incertezas e receios, sua paixão por fazer as pessoas se sentirem bem consigo mesmas estimulou ela a prosseguir.

A transição para a Biologia estética não foi desprovida de desafios. Carina enfrenta o medo de causar danos aos pacientes, uma vez que agora ela pretende ter contato direto com eles. No entanto, sua determinação em adquirir conhecimento e habilidade foi maior do que qualquer receio. Gradualmente, ela superou suas inseguranças, beneficiando-se da experiência nas vivências clínicas e do suporte de seus professores e colegas de sala. 

Medo a gente sempre tem. Em análises clínicas eu não tinha contato com o paciente, sabia o mínimo sobre ele, ao contrário do agora, onde estou em contato direto. A gente fica meio cautelosa, com medo de fazer algo que gere intercorrência. Mas eu passei a estudar bastante para ter certeza do que estava fazendo. A pessoa procura a gente e ela confia em nós, o mínimo que podemos fazer é cuidar para que ela saia satisfeita do nosso consultório”.

Somos profissionais de tudo que tem vida

Carina enxerga a biologia estética como uma profissão em ascensão. Como ela mesmo diz, são poucos os profissionais da biologia na estética e mesmo capacitados e habilitados, as pessoas ainda desconhecem que Biólogos podem atuar nesta área. Ela espera contribuir para a mudança dessa percepção, demonstrando o valor e a versatilidade dos biólogos nesse campo.

Eu brinco que é uma nova profissão. São pouquíssimos biólogos que estão na estética e as pessoas até perguntam: Mas biólogo pode atender na estética? Eu acabo vendo até um certo preconceito, pois pensam que somos apenas planta e animais, mas somos profissionais da vida. Tudo que tem vida faz parte do nosso universo”.

Em sua busca por realização profissional e pessoal, Carina almeja a liberdade financeira e a flexibilidade de horários que a própria clínica pode oferecer. Com uma filha pequena, ela deseja equilibrar sua carreira com a vida familiar, proporcionando não apenas satisfação aos pacientes, mas também a si mesma. Assim, planeja em breve inaugurar seu próprio espaço, onde possa aplicar seus conhecimentos e valores, alcançando assim sua plena realização.

Estou bem contente, empolgada, pois é tudo novo. Estudando muito para ser um diferencial na minha cidade e uma referência na minha profissão”.



Rafael Alves

Jornalista pós-graduado em comunicação e mídia, produtor e editor, Rafael Alves é um dos redatores do time de marketing Nepuga | Fapuga. Escreve também para os blogs parceiros Biomedicina Estética, Enfermagem Estética e Farmácia Estética.

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