“Dedicamos este trabalho às pessoas que buscam através da estética a melhora da sua saúde mental e social.”
A dedicatória de um Trabalho De Conclusão de Curso (TCC) sempre vai além de um tema, ele se encaixa em um propósito. Em 2019, Bianca Menezes Torres se especializou em Biomedicina Estética e Marcela Santafé Oliveira de Souza em Enfermagem Estética, e juntas elaboraram o estudo final sobre “Influência dos níveis de vitamina D sobre a adiposidade corporal”.
Esse tema traz um olhar profundo sobre a importância da Vitamina D para o organismo humano.
“A vitamina D é uma vitamina obtida tanto da alimentação quanto do metabolismo endógeno após exposição solar, sofrendo diversas etapas de metabolismo e tendo grande importância na regulação de íons, como por exemplo o cálcio, entretanto suas ações vão muito além do osso, estando presente também no tecido adiposo após ser retida pelos adipócitos”, apresentam.
Além de ser de suma importância para a existência humana, a Vitamina D pode contribuir também para tratamentos de gordura corporal, estimulando a autoestima do paciente e melhorando sua qualidade de vida. Entenda sobre o assunto abordado no TCC das especialistas em Estética neste Destaque Acadêmico.
Como mencionado acima, a Vitamina D pode estar presente em vários alimentos, mas não podemos esquecer que a fonte principal deste nutriente é o sol.
“Dentre suas funções, destaca-se principalmente regulação do metabolismo e mineração óssea, porém outras funções tem sido cada vez mais elucidados, como aumentar a absorção de cálcio, participação no sistema imune, cardiovascular e reprodutivo, bem como ação sobre diversos órgãos e tecidos, destacando-se o tecido adiposo”, explicam.
Entretanto, a deficiência dessa vitamina no corpo humano vem sendo apontada como um grave problema de saúde pública, devido a sua relação com diversas doenças e distúrbios metabólicos. No TCC, as especialistas em Estética apontam que, segundo Pereira-Santos (2015), a obesidade é desencadeada através da diminuição sérica de vitamina D.
“Assim, como a deficiência de vitamina D, a obesidade e o acúmulo de gordura corporal têm se tornado problema de saúde pública, uma vez que o aumento de gordura acarreta diversos problemas metabólicos e elevação do risco de doenças cardiovasculares”, explicam.
Por este motivo, a Vitamina D vem ganhando destaque e se destacando cada vez mais como uma das principais maneiras que podem auxiliar no tratamento de pessoas diagnosticadas com sobrepeso. Além disso, o tratamento pode prevenir ou diminuir os impactos e patologias relacionadas à obesidade, uma vez que os indivíduos obesos apresentam níveis menores desta vitamina (DING et al., 2010).
Para entender melhor sobre a atuação da vitamina D no corpo, é preciso entender sobre o tecido adiposo.
“Por muito tempo, o tecido adiposo foi considerado apenas um reservatório de energia e uma estrutura de proteção e sustentação. Com os anos e as novas pesquisas, passou então a ser reconhecido como órgão que exerce diversas e importantes funções metabólicas”, explica.
As principais células do tecido adiposo são chamadas de adipócitos, responsáveis pelo armazenamento de lipídeos que se originam na mesoderme com características de tecido conjuntivo. Conforme essas células se distribuem pelo corpo, ela acarreta diferentes características de gordura localizada.
É neste cenário que a vitamina D entra em ação. “Estudos sugerem que a deficiência de vitamina D seja um dos fatores desencadeantes do aumento de gordura corporal, no qual há aumento nos níveis de paratormônio e, consequentemente, um maior influxo de cálcio nas células adiposas”, relatam no estudo.
Com isso, as Dras. Bianca e Marcela, respaldadas nas buscas por tratamentos corporais para gorduras localizadas que crescem cada vez mais, afirmam que o uso da Vitamina D pode ser uma grande aliada nesses procedimentos. Inclusive, nos tratamentos de obesidade, potencializando os resultados dos protocolos existentes.
“Está clara a forma como a vitamina D sofre impacto negativo em indivíduos obesos, aumentando riscos cardiovasculares, sendo este um fator que deve levar a mais estudos sobre esse nutriente para saúde pública, aliando-se à estética que, consequentemente, melhora a saúde emocional dos pacientes”, finalizam o estudo.