Hoje, este jovem enfermeiro especialista em saúde mental também está se especializando para atuar em outro tipo de suporte à saúde: a estética. Lendo até o final, você vai descobrir mais sobre como essa escolha ressoa na carreira dos profissionais que escolhem essa área.
Ramon Azevedo começou na enfermagem inicialmente porque queria se dedicar ao cuidado com as pessoas, e esse desejo foi se tornando realidade conforme realizou a graduação e começou a atuar.
Na prática como enfermeiro, Ramon foi entendendo como poderia se aprimorar para promover ainda mais amparo aos pacientes com quem tem contato, e seguiu estudando para se tornar especialista em terapia intensiva, saúde mental e mestre em saúde. Ao longo dos 5 anos após sua formação, teve a oportunidade de atuar em cada uma de suas especialidades.
Atualmente, ele leva uma rotina bastante corrida, de muita dedicação. Muita mesmo: atua em dois hospitais, realiza uma segunda graduação e a Pós-Graduação em Enfermagem Estética.
“Eu trabalho praticamente todas as noites, faço plantões de 12h diárias nos hospitais que eu atuo, faço faculdade durante o dia. Então, em alguns dias faço faculdade pela manhã, em alguns dias de manhã e à tarde, alguns dias só à tarde.” Relata.
Uma possibilidade para mudar a rotina sobrecarregada
A especialização em estética vem, justamente, para mudar um pouco essa rotina tão agitada. E não vai ser por falta de demanda na área, mas pela liberdade que os enfermeiros estetas têm, que é muito diferente da rotina dos plantonistas na enfermagem.
Nas palavras dele: “É uma possibilidade de ter um escalonamento profissional e alcançar novas possibilidades. A estética foi um escape que eu encontrei para sair dessa vida corrida que eu levo.”
Ramon conta que já vislumbrava a estética como possibilidade de atuação em sua área de formação antes. O que o distanciava de levar o interesse adiante, porém, era a falta de regulamentação pela qual a classe passava até alguns anos atrás.
Mas hoje os enfermeiros contam com o pleno reconhecimento de suas competências, tanto pelos pacientes que procuram por procedimentos estéticos, como pelas instituições formais.
Alline, de quem a gente já falou por aqui, também conta como a espera pela regulamentação da especialidade afetou a sua carreira, deixando-a em suspenso por um tempo. Hoje, é só sucesso.
Sucesso que Ramon também vislumbra em seu futuro como enfermeiro esteta, quando poderá atuar com bem mais autonomia e qualidade nas horas trabalhadas, que é o que ele próprio menciona quando perguntado sobre sua escolha profissional.
Como o enfermeiro especialista em saúde mental pretende aliar suas especialidades
Especialista em saúde mental, ele tem uma visão mais ampla do que a saúde significa e como ela também está presente, e muito, no ramo em que está se especializando agora, conforme comenta:
“Quando a gente pensa na estética, a gente vê a questão da autoestima das pessoas. E, quando a gente pensa na saúde, saúde não é só algo físico, é algo físico, mental, espiritual. Então, pra a gente ter saúde, a gente tem que estar com a saúde em harmonia em todos os aspectos da nossa vida. E a estética vai trazer esse bem-estar para essa pessoa.”
Trabalhando na cidade de Ribeirão Preto, em dois hospitais particulares e tendo uma formação exemplar, você pode imaginar que ele consegue uma boa remuneração por tanto dedicação. Mas isso não é tudo o que pretende para sua carreira, pesa mais no momento a quantidade de horas trabalhadas, a rotina de plantões que não distingue fins de semana, nem feriados.
Nesse caso, o que é ganhar bem? É poder ter tempo para se cuidar, para descansar um pouco, poder estar com amigos e família? Ou é o bastante obter a remuneração para adquirir o básico e, quem sabe um dia, poder usufruir mais da vida?
Para Ramon, mesmo com tanta disposição para estudar e se aperfeiçoar, isso não tem bastado mais. Então a escolha de se especializar em estética está sendo uma das opções mais certeiras para sua carreira.
A atuação em estética partindo de diferentes formações
Além disso, lembra que ele também está arrumando tempo para se dedicar a uma segunda graduação? Pois é, Ramon está, além de tudo, cursando Odontologia, que é também uma formação que tem tudo a ver com a estética.
Para seu futuro como cirurgião-dentista, o enfermeiro menciona interesse pela estética odontológica, tratamento de sorriso, lente de contato e implantodontia – tratamentos que são frequentemente aliados a procedimentos estéticos faciais.
E, uma vez formado em odontologia, Ramon poderá até mesmo se capacitar para realizar alguns procedimentos cirúrgicos na face e pescoço, uma vez que se especializar também em Harmonização Orofacial e Cirúrgica, o que certamente vai ser bem mais fácil aproveitando competências que ele já está adquirindo na Pós-Graduação de Enfermagem Estética – o que é feito formalmente por meio de análise de grade.
A estética é uma área em que profissionais de diferentes formações têm espaço e capacidades relevantes para contribuir nas demandas por procedimentos, que precisam de muita responsabilidade e sensibilidade para atender o que se aplica melhor a cada caso.
E, por fim, a gente deixa algumas palavras de incentivo, de Ramon para outros profissionais da saúde que, por ventura, possam estar em dúvida sobre se especializar ou não nessa forma de cuidado:
“A estética é algo muito amplo, algo que está sendo trabalhado aí por diversas profissões, é algo multiprofissional. Então, tem abertura para farmacêuticos, enfermeiros, biomédicos, pessoal da biologia… Quem já tem o interesse e falta só o empurrão para dar o start nesse sonho, seguir o seu propósito enquanto carreira profissional, tem que se dedicar e começar aquilo que já tem vontade, que já tem o sonho.”